Corpo de bombeiros Militar do estado do Rio de Janeiro

Corpo de Bombeiros RJ realiza cerimônia para homenagear heróis da Ilha de Braço Forte

Data marca a morte de todos os militares que perderam as vidas em serviço  

 Um evento ecumênico, celebrado no Centro Histórico e Cultural do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro (CBMERJ), marcou o dia da morte dos heróis da Ilha do Braço Forte. A data evoca o incêndio mais emblemático sofrido pela corporação, que causou a perda de 17 bombeiros. A coragem do bombeiro militar em desafiar cotidianamente a morte e o exemplo dos militares que compõem a tropa atual de mais de 12 mil homens foram lembradas em todos os momentos da cerimônia.

O chefe do Estado-Maior Geral e subcomandante do CBMERJ, coronel Marcelo Pinheiro, ressaltou que o acidente foi um marco simbólico para todos os bons militares e que o legado dos profissionais mortos em serviço não pode nunca ser em vão.

– Desde esse acidente simbólico, que nos comove até hoje, a corporação cresceu, novas atribuições surgiram e, justamente por isso, não podemos parar de evoluir tecnicamente e operacionalmente. Temos que ter consciência de que somos mortais e  que o que nos diferencia é o nosso preparo. Somos vistos como heróis, mas, na verdade, somos grandes profissionais. Temos a responsabilidade compartilhada de mover todos os esforços para evitar novas tragédias como essa que estamos lembrando hoje.

Para encerrar a solenidade, os homens que pereceram no incêndio da Ilha do Braço Forte foram chamados nominalmente e um solo de corneta entoou a emblemática composição Toque de Silêncio.

 

Relembre a história dos Heróis de Braço Forte:

No dia 6 de maio de 1954, o Corpo de Bombeiros RJ foi acionado para controlar um incêndio no depósito de material inflamável da Ilha do Braço Forte. Chefiada pelo major Gabriel Telles, uma equipe de bombeiros se dirigiu ao local e, alguns minutos após a meia-noite, tão logo os bombeiros desembarcaram na ilha, houve uma grande explosão. O incidente provocou 17 mortes. Uma cratera de 100 metros de profundidade foi aberta. Apenas o efetivo que ainda estava no cais sobreviveu. O incêndio só foi controlado no dia seguinte, quando foi iniciada a busca por sobreviventes. Nenhum outro desastre causou mais vítimas na tropa de bombeiros do Estado: até o atentado terrorista às Torres Gêmeas, em 11 de setembro de 2001, nos Estado Unidos, a tragédia na Ilha do Braço Forte era o episódio documentado com o maior número de mortes de uma equipe de bombeiros.

 
Produção: Equipe ACS
Corpo de Bombeiros RJ realiza cerimônia para homenagear heróis da Ilha de Braço Forte
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