História – No dia 06 de maio daquele mesmo ano, por volta das 21 horas, entrou um pedido de socorro na sede da 1ª Zona Marítima. A solicitação era para um incêndio em um depósito de inflamáveis na Ilha do Braço Forte. O oficial-de-dia, tenente Washington de Souza Lima se preparou junto com a guarnição de serviço para o atendimento. O comandante da sede, major Gabriel da Silva Teles, que residia ao lado, foi alertado pelo toque de fogo e, interado do aviso, também se preparou para participar do evento.
Decorridos poucos minutos desde a chegada da guarnição, uma grande explosão transformou a ilha num vulcão dantesco. Após o fato, somente os que se encontravam junto ao cais de atracagem ainda estavam vivos. Os que tinham ferimentos de menor gravidade arrastavam os demais sobreviventes para um dos extremos da Ilha, tentando se abrigar. A explosão, no limiar da madrugada, consumindo toneladas de explosivos, foi ouvida em todos os bairros que circundavam a Baía de Guanabara. Na ocasião, foi decretado luto por sete dias. Um marco foi erguido na Ilha do Braço Forte, onde uma placa ostenta o nome de todos os heróis, reverenciando a memória destes abnegados companheiros.
As vítimas da tragédia da Ilha do Braço Forte são: major Gabriel da Silva Teles, tenente Washington de Souza Lima, sargento Edgar de Barros Lima, cabo Epitácio Costa, cabo Manoel Antônio de Peçanha, soldado Cláudio de Souza, soldado Amâncio da Silva, soldado Antônio Pereira Brasil, soldado Jorge dos Santos Santana, soldado Tomaz da Silva Rufino, soldado Manoel Gomez da Cruz, soldado José Edson Vilela, soldado Orlando Xavier da Costa, soldado Antônio Cerázio, soldado Mozart Nery Bacellar, soldado Júlio José Martins Rosa e soldado Walter Mário Cardoso.
Os bombeiros que sobreviveram ao trágico episódio também são lembrados. São eles: o tenente-coronel Rufino Coelho Barbosa, o 1º tenente médico Jueguerps da Assumpção Barbosa, o 1º sargento motorista Djalma Mendes Pereira, o cabo motorista Eneis João de Souza e o soldado Joppe da Silva.