Sistema canalizado é mais seguro, além de econômico e menos poluente
A recomendação do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro (CBMERJ) em relação à instalação de gás em residências e estabelecimentos comerciais é que se busque sempre a instalação de gás natural. O sistema canalizado é mais seguro, além de econômico e menos poluente. Além disso, é fundamental que os estabelecimentos comerciais obedeçam à legislação do Código de Segurança contra Incêndio e Pânico – Coscip – e às resoluções da ABNT que regulam as instalações de gás, sendo a principal delas a NBR 13523 e NBR 14024.
No caso de ser autorizada a utilização do Gás Liquefeito de Petróleo – GLP, a corporação orienta que a instalação seja feita por uma empresa habilitada e com experiência no mercado. Instalações improvisadas ou com custos estranhamente baixos devem causar desconfiança.
O Corpo de Bombeiros exige a instalação fora da projeção da edificação e em andar térreo, conforme as NBR´s supracitadas. E a central deve obedecer aos parâmetros de ventilação e distanciamentos exigidos pela norma, a fim de que não aconteça o acúmulo do gás no ambiente em caso de vazamento.
Em residências, o cilindro de gás deve ficar em local arejado, de preferência fora da cozinha e livre de condições adversas, especialmente umidade e goteiras. Nunca armazenar dentro de armários ou próximo a tomadas ou instalações elétricas. Outro aspecto importante é conservar os cilindros sempre na vertical, evitando que escape gás na fase líquida.
Especificamente sobre o GLP, o CBMERJ listou algumas informações adicionais.
O gás de cozinha, tecnicamente chamado de Gás Liquefeito de Petróleo – GLP, pode oferecer risco por ser um gás inflamável, ou seja, se exposto a fonte de calor, entra em combustão.
Na prática, o maior risco é quando o gás escapa do recipiente e se acumula no ambiente (o GLP é mais pesado que o ar, o que facilita o seu acúmulo), podendo gerar queima ou, nos casos mais graves, explosões.
Outro problema que pode acontecer é a asfixia. Como o gás é composto basicamente por propano e butano, quando o ambiente está tomado pelo GLP, não há oxigênio para ser respirado.
CUIDADOS: Os casos mais comuns de problemas com GLP envolvem o momento da troca do cilindro, o vazamento relacionado com as mangueiras ou abraçadeiras e problemas no bico do fogão. Além dos cuidados que já foram abordados, é preciso atenção para as seguintes medidas preventivas:
– As mangueiras, abraçadeiras e regulador de pressão devem estar em bom estado de conservação. Suas trocas devem ser feitas de quatro em quatro anos. Grande parte dos vazamentos é causada por mangueiras em mau estado de conservação e abraçadeiras frouxas;
– O ideal é que a mangueira não esteja encostada na parte de trás de fogão. Isso pode causar desgaste da mesma pela temperatura do fogão ou por atrito com alguma quina viva de metal;
– Quando for realizar a troca do botijão, a dica é utilizar apenas as mãos para rosquear o regulador de pressão. Ferramentas podem causar faíscas. Após a instalação, vale a verificação de vazamento utilizando espuma de sabão ao redor da conexão da válvula. Caso surjam bolhas, é indicativo de que há algum vazamento. Nesse caso, a sugestão é repetir a operação de instalação para que o rosqueamento fique perfeito. Caso o problema persista, botijão deve ser levado para um local arejado para que a assistência técnica do seu fornecedor de gás possa avaliar.
– Se o vazamento for no bico do fogão, a válvula do GLP deve ser fechada e a assistência técnica do fogão ser acionada para realizar o conserto.
Se, ainda assim, for observada uma emergência, a recomendação é manter a calma e pensar com clareza. A prioridade é retirar o botijão de um local confinado, para que o GLP não vá se acumulando. Por mais que haja um vazamento considerável, se o cilindro estiver em local arejado, ele se dissipará com mais facilidade e reduzirá a possibilidade de dar início à queima do gás.
Também é importante que ninguém ative fogo ou fagulha, seja ligando o fogão, acendendo um cigarro ou até mesmo ligando ou desligando a luz ou aparelhos eletrônicos. Essas medidas já resolvem grande parte dos problemas até a chegada do Corpo de Bombeiros.
Cabe ressaltar que a legislação versa sobre autovistoria, ou seja, se trata de uma inspeção a ser providenciada pelo proprietário da edificação existente (ou representante legal) a cada cinco anos. Para as edificações ou instalações de gás novas, caberá ao construtor/instalador prover a documentação exigida.