Saiba os procedimentos normatizados para atuar com os pacientes vítimas da pandemia
O Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro (CBMERJ), em apoio à Secretaria de Estado de Saúde (SES) e baseado nas diretrizes do Ministério da Saúde, estabeleceu protocolos para o transporte e o atendimento pré-hospitalar (APH) em suas viaturas para casos suspeitos ou confirmados de coronavírus (Covid-19). Todas as ambulâncias do Estado que atendem à corporação estão aptas para o serviço, incluindo as UTIs Neonatais e as aeronaves.
As ações de socorro incluem processos desde a solicitação do recurso, o atendimento, o transporte, passando pela chegada da vítima à unidade referenciada pela SES, até a descontaminação da ambulância e regresso à unidade de origem. Também estão entre as determinações as orientações à equipe que fez o atendimento, com os procedimentos adequados para que seja realizada a higienização/desinfecção e o descarte de materiais.
Todos os militares que atuam no APH e na área da Saúde passaram por treinamentos para o atendimento às vítimas acometidas ao Covid-19.
Abaixo estão apenas dez procedimentos práticos para exemplificar os itens do protocolo, incluindo o uso de equipamentos de proteção dos profissionais, insumos para os pacientes, limpeza das viaturas, dentre outros. A normatização está disponível no boletim interno de 11 de março. Assista também ao vídeo disponível na home do site.
1. A determinação é que todos os casos suspeitos, prováveis e confirmados de Covid-19 atendidos em pré-hospitalar devem ser transportados para a rede referenciada, cuja unidade de destino será definida pelo Centro de Operações em atendimento pré-hospitalar.
2. Oferecer uma máscara cirúrgica ao paciente durante o atendimento e deslocamento, bem como orientá-lo a cobrir o nariz e boca, de preferência com lenço ou papel toalha descartável, ao tossir ou espirrar ou ao assoar o nariz. Recomendar o pronto descarte do lenço ou papel toalha na lixeira após sua utilização e a frequente higienização das mãos pelo paciente com álcool gel.
3. Durante o transporte, a viatura deverá estar com as janelas abertas, para garantir boa
ventilação, mantendo o ambiente arejado.
4. O mínimo possível de pessoas deve entrar em contato com o paciente. Deste modo, não será permitida presença de acompanhantes, exceto nos casos previstos em lei.
5. Os profissionais que participarem diretamente do atendimento do paciente deverão fazer uso de máscara cirúrgica, óculos de proteção, avental de manga longa, luvas de procedimento, além de higienizar as mãos antes da colocação e após a retirada dos equipamentos de proteção individual (EPI).
6. A limpeza do ambiente da ambulância após o atendimento de caso suspeito, provável ou confirmado de Covid-19 é muito importante para reduzir o risco de transmissão cruzada da doença para a equipe de socorro e para outros pacientes atendidos nesta viatura. O vírus é inativado por hipoclorito de sódio, álcool e outros desinfetantes hospitalares.
7. A limpeza terminal da ambulância deverá ser realizada após cada atendimento de caso suspeito, provável ou confirmado da pandemia.
8. Os equipamentos disponíveis na ambulância (ex.: estetoscópio, esfigmomanômetro) deverão ser desinfetados após o uso com a fricção de álcool a 70% por três vezes consecutivas, aguardando a secagem após cada etapa.
9. Os profissionais responsáveis pela limpeza e desinfecção da viatura deverão fazer uso de máscara do tipo cirúrgica, óculos de proteção, capote de manga longa não estéril (avental), luvas de procedimento, bem como realizar a higienização das mãos com água e sabonete líquido após a retirada dos equipamentos de proteção individual (EPI).
10. Antes de iniciar o procedimento de limpeza, abrir as portas da viatura para permitir maior ventilação do ambiente.