O georreferenciamento das ocorrências se baseou na análise de decretos de Situação de Emergência (SE) disponibilizados no Sistema Integrado de Informações sobre Desastres (S2iD), do Ministério da Integração Nacional (MI), e no levantamento/cruzamento de fatores relevantes, como precipitação, declive, corpos hídricos, ocupação demográfica e alterações no uso e cobertura do solo.
As inundações são os desastres naturais de maior recorrência e danos no mundo. No Estado do Rio de Janeiro, são responsáveis por quase 70% das decretações de emergência. O objetivo deste trabalho é contribuir para uma gestão técnica com base em dados que favoreçam as ações de redução de riscos. As informações apresentadas contribuem para o planejamento e adoção de estratégias de prevenção e medidas de redução de riscos junto aos órgãos municipais de Defesa Civil, Ambiente, Planejamento Urbano e Obras – afirmou o tenente-coronel Werner, diretor do Instituto Científico e Tecnológico de Defesa Civil (Ictdec).
A representação cartográfica considera três níveis de ameaça: baixa, média e alta. O período de novembro a março apresenta extensas áreas suscetíveis.
Com estes documentos, os gestores públicos podem implantar medidas estruturais visando prevenir os desastres e problemas decorrentes de inundações ou mesmo sua ocorrência, desenvolver planos de contingência e políticas públicas que protejam as populações potencialmente afetadas – destacou o coronel Marcelo Hess, subsecretário de Estado de Defesa Civil.
No âmbito do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro (CBMERJ), com base no material apresentado é possível se antecipar e avaliar com mais precisão o efetivo e os procedimentos operacionais necessários para uma melhor resposta a possíveis desastres hidrológicos, minimizando os danos e prejuízos.