O Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro (CBMERJ) lançou nesta quarta-feira (26.04), nas redes sociais da corporação, uma campanha impactante mostrando que balões matam. A proposta é ensinar, com vídeos reais, as consequências trágicas dessa prática. A iniciativa conta com a parceria da Secretaria de Estado de Polícia Civil, por meio da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA), que intensificará investigações relacionadas à atividade criminosa, principalmente com a proximidade das festas juninas.
Os alertas da campanha serão postados toda quarta-feira, às 18h, no Instagram, no TikTok e no Youtube oficiais do Corpo de Bombeiros do Rio.
– Soltar balões sempre foi crime. Mas hoje, com as redes sociais, essas atividades são potencializadas, propiciando uma situação que pode se tornar calamitosa. Recentemente, um balão caiu na Estação de Tratamento de Água do Guandu, o que poderia ter deixado toda a região metropolitana sem água. Em janeiro deste ano, em pleno Verão, outro balão caiu na praia do Leme, que estava lotada, e poderia ter causado um verdadeiro desastre. É importante que a população se conscientize. Essa é uma luta de todos nós! Soltar balão não é legal, não é instagramável. É crime! – explicou o secretário de Estado de Defesa Civil e comandante-geral do CBMERJ, coronel Leandro Monteiro.
No Brasil, segundo dados do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos da Força Aérea Brasileira (FAB), cerca de 100 mil balões são soltos a cada ano. O Estado do Rio de Janeiro está entre os líderes de avistamentos de balões não tripulados de ar quente.
– Soltar balão, além de ser crime, traz graves prejuízos para o meio ambiente, para o tráfego aéreo e coloca vidas em risco. A Polícia Civil atua para reprimir e prevenir essa prática, buscando a identificação e responsabilização dos envolvidos – disse o delegado Wellington Vieira, titular da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA).
Perigo no ar
Ao sobrevoar áreas rurais e centros urbanos, o balão acarreta risco a milhares de vidas, além de prejuízos incontáveis.
– Por serem feitos da combinação de estopa com materiais inflamáveis (como parafina e querosene ou álcool) aquecidos em seu interior, os balões entram em correntes de ar e são levados para locais imprevisíveis, impossíveis de monitorar. Dependendo de onde caiam, podem atingir redes elétricas, provocar explosões e incendiar matas, causando danos irreparáveis a vidas e bens. A situação se agrava durante o período de estiagem, de maio a outubro, quando diminui a umidade relativa do ar, favorecendo os incêndios florestais por conta da vegetação mais seca – explicou o major Fábio Contreiras, porta-voz da corporação.
Para denúncias sobre comercialização, confecção ou soltura de balões, a população pode recorrer ao Disque-Balão, do Disque Denúncia: (21) 2253 1177 (capital), 0300 253 1177 (interior) e pelo WhatsApp (21) 99973 1177.
Bunker Digital
Ciente da sua importância social e do seu engajamento nas redes sociais, o Corpo de Bombeiros do Rio vem investindo em uma série de campanhas on-line visando à segurança da população.
Por meio do seu Bunker Digital, a corporação já alertou sobre o risco de selfies em costões, cachoeiras e trilhas; sobre o uso do celular à direção; e sobre o perigo dos desafios (Trends) divulgados especialmente entre os mais jovens.