Operação tem como objetivo testar e aprimorar os procedimentos do Plano Externo de Emergência do Estado do Rio de Janeiro das Usinas Nucleares
Entre os dias 24 e 27 de outubro, a Secretaria de Estado de Defesa Civil (SEDEC) participou, juntamente com cerca de 60 instituições civis e militares, das esferas municipal, estadual e federal, do Exercício Parcial de Emergência Nuclear (EXPAR 2022), na Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto (CNAAA), em Angra dos Reis. A operação teve como objetivo testar e aprimorar as ações previstas no Plano de Emergência Externo do Estado do Rio de Janeiro (PEE/RJ), no Plano de Emergência Municipal de Angra dos Reis (PEM/RJ) e nos Planos Complementares (PEC) das instituições que compõe o Sistema de Proteção ao Programa Nuclear Brasileiro (SIPRON).
Nesse ano, foram realizados exercícios internos, também chamados de exercícios parciais e/ou de mesa, onde todas as atividades foram avaliadas e os procedimentos debatidos internamente. Durante o exercício foram ativados os três centros de emergência: o Centro de Coordenação e Controle de Emergência Nuclear (CCCEN) em Angra, o Centro Estadual de Gerenciamento de Emergência Nuclear (CESTGEN) no Rio de Janeiro e o Centro Nacional de Gerenciamento de Emergência Nuclear (CNAGEN) em Brasília, e as instituições participantes testaram seus planos, protocolos e procedimentos com o objetivo de aprimorar a estrutura de resposta, capacitando e habilitando os profissionais que estão na linha de frente de atuação em caso de um acidente na central nuclear.
A ação é planejada pelo Comitê de Planejamento de Resposta a Situações de Emergência Nuclear (COPREN/AR), que é constituído por um grupo interinstitucional e tem a coordenação do Governo do Estado do Rio de Janeiro. Foram realizados procedimentos que fazem parte do Plano de Emergência Externo do Estado do Rio de Janeiro (PEE/RJ), do Plano de Emergência Municipal da Prefeitura de Angra dos Reis/RJ (PEM/AR) e dos Planos de Emergência Complementares (PEC) das instituições que compõem o Sistema de Proteção ao Programa Nuclear Brasileiro (SIPRON) e ações parciais do Plano de Emergência Setorial para Reatores de Potência da Comissão Nacional de Energia Nuclear (PES/RPot/CNEN).
– O objetivo foi testar os procedimentos e protocolos, além de avaliar o tempo de resposta daqueles que serão os responsáveis por atuar em caso de acidentes na central nuclear. Serão ativados e testados os centros de emergência, de forma a avaliar a capacidade de comando, coordenação e controle entre as organizações envolvidas. O trabalho conjunto resulta no aperfeiçoamento dos planos existentes e para isso temos que focar na prevenção e em planejamentos contínuos, já que quando se trata de vida não há como improvisar – afirmou coronel Leandro Monteiro, secretário de Defesa Civil do Estado do Rio de Janeiro.
Segundo o secretário, a simulação ocorre todos os anos e mobiliza centenas de profissionais. As atividades servem para simular a ativação do CESTGEN na estrutura do Centro Estadual de Administração de Desastres (CESTAD), como também, para demonstrar a capacidade de notificar as organizações envolvidas nas ações de resposta a uma situação de emergência nuclear, de alertar e notificar a população afetada, treinar o atendimento pré-hospitalar em ambiente convencional e especializado para rádio acidentados e testar a interação com os órgãos de segurança pública, que treinarão ações recomendadas diante de ameaças físicas à usina.