O dia 31 de outubro entrou para o calendário oficial da família Cavalcante. Neste dia, durante uma corrida rotineira pela orla da Zona Sul, o engenheiro Gabriel, triatleta de 47 anos, teve um mal súbito e sofreu duas paradas cardiorrespiratórias. Foi prontamente socorrido por cinco guarda-vidas do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro que estavam de serviço na praia de Ipanema e iniciaram, imediatamente, procedimentos de massagem cardíaca. Em poucos minutos, uma ambulância avançada da corporação chegou com apoio médico e mais quatro militares. Ele foi reanimado e encaminhado para o hospital, onde passou por cirurgia e ficou nove dias internado.

 

Hoje, quinze dias depois e recuperado do susto, ele fez questão de agradecer pessoalmente aos militares que o trouxeram de volta à vida. Acompanhado dos pais, da esposa e das duas filhas, ele visitou o 3º Grupamento Marítimo (3º GMar), em Copacabana. O reencontro com a equipe que fez o atendimento contou, inclusive, com bolo e ‘Parabéns’ para marcar o “segundo aniversário”.

 

-Eu tive uma arritmia que resultou em duas paradas cardíacas. Caí no chão e morri. Se eu estou aqui hoje é por causa desses heróis silenciosos que me salvaram. Esses heróis que todo dia ressignificam a vida de outras pessoas com uma leveza e simplicidade inacreditáveis. Eles simplesmente estão lá. Para salvar vidas. Isso é nobreza. Isso é honra. Isso é amor. Hoje, quero agradecer à essa equipe que me atendeu, me tratou, cuidou de mim e me salvou. Graças ao dom de vocês hoje estou aqui, junto com minha família, comemorando um novo aniversário. Sou testemunha da compaixão de vocês, receptor desse milagre. Muito, Muito obrigado! – disse Gabriel Cavalcante à tropa do 3º GMar.

 

De acordo com o major Leite Lopes, médico da corporação, o atendimento ágil e técnico prestado pelos bombeiros militares logo nos primeiros minutos foi crucial para a sobrevida e para a pronta recuperação da vítima, que não teve sequelas.

 

-Hoje é um dia de muita emoção. Estamos muito felizes! É maravilhoso receber o Gabriel aqui no quartel com a sua família e saber que isso só foi possível porque ele foi muito bem assistido por nossos guarda-vidas, que logo começaram as compressões torácicas e deram todo o suporte até a chegada da ambulância. Conseguimos reverter o quadro crítico e hoje ele está bem, sem sequelas. Nosso lema é salvar! Estamos sempre prontos para atender à população – afirmou.